quinta-feira, 14 de junho de 2012

Poetas de palmo e meio...


Poema do mar


O mar é vida,
É fonte de inspiração.
Nas suas água límpidas,
Existe uma pura emoção!

Muitos, fazem do mar,
O seu viver,
Pois o seu lar
Têm de manter.

Viajando pelas águas,
Tudo podemos encontrar.
Na alegria das suas ondas,
Na tristeza do seu revoltar.

A sua brisa fresca e pura,
Refresca o nosso pensamento.
O cheiro da aventura,
A profundeza do nosso sentimento
                                               9º ano

O meu escritor preferido...


      Conhecida mundialmente por escrever a série infanto-juvenil “Harry Potter”, Joanne Rowling é reconhecida como uma das mais populares autoras no mundo, com milhões de fãs e admiradores. Natural da pequena cidade de Yate, perto de Bistrol, na Inglaterra, Joanne vivia com os pais, uma irmã e os seus quatro avós. Diz-se que o “K” de seu pseudónimo é uma homenagem à sua avó paterna, Kathleen Ada Rowling, pessoa que amava muito.

       Joanne tirou o curso de Francês e Linguas Clássicas na Universidade de Exeter. Lança a sua primeira obra como literatura infantil Harry Potter e a Pedra Filosofal em junho de 1997. O sucesso do livro foi instantâneo e rapidamente chegaram os primeiros prêmios no campo dos livros para crianças.

       Depois de receber cerca de 105 mil dólares pelos direitos da publicação norte-americana de sua obra, a escritora aposentou-se e passou a dedicar-se integralmente à escrita do resto da série, que só terminaria em 2007, quando ela já estaria mundialmente famosa e bem-sucedida.

Curiosidades

       O rascunho do seu primeiro livro foi recusado por entre 8 a 12 editoras e o elenco escolhido para os filmes é totalmente britânico, uma “exigência” de J. K.
sexta-feira, 2 de março de 2012
“Seja como for, eu tinha de escrever este livro. Há livros que se fazem porque se quer. Há outros que se escrevem porque não pode deixar de ser. Foi o que aconteceu com Alma. Era a raiz e a matriz. “
“Muitas vezes, nas horas do exílio e da solidão, eu agarrava-me à memória, sobrevivia das minhas próprias raízes. Como Ulisses pensando em Ítaca perdida, também eu pensava num rio, numa rua, numa casa.”
Excerto da intervenção de Manuel Alegre no lançamento da 1ª edição de "Alma", Águeda, 19 de Janeiro de 1996.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
                                            
             Poemas de Amor
Desde sempre que as «cantigas de amigo» e a poesia fazem parte da tradição portuguesa.
Aqui deixamos alguns poemas para que deles possamos tirar alguma inspiração e, quiçá, remeterem-nos para a partilha de sentimentos...





      Olhos Negros                           

           Por teus olhos negros, negros,                    
           Trago eu negro o coração,                          
           De tanto pedir-lhe amores...                       
           E eles a dizer que não.                                             


          E mais não quero outros olhos,                    
          Negros, negros como são;                            
          Que os azuis dão muita esp'rança                
          Mas fiar-me eu neles, não.                                      

         Só negros, negros os quero;                                     
         Que, em lhes chegando a paixão,                            
         Se um dia disserem sim...                             
         Nunca mais dizem que não.                                           
                   Almeida Garrett                                                
                                                                                        
                                                                                        

                     
            AMAR
       Eu quero amar, amar perdidamente!                        
       Amar só por amar: aqui... além...
       Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
       Amar! Amar! E não amar ninguém!


       Recordar? Esquecer? Indiferente!...
       Prender ou desprender? É mal? É bem?
       Quem disser que se pode amar alguém
       Durante a vida inteira é porque mente!


       Há uma primavera em cada vida:
       É preciso cantá-la assim florida,
       Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!



       E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
      Que seja a minha noite uma alvorada,
      Que me saiba perder... pra me encontrar...
      

                                Florbela Espanca
                                                                                        
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
        ALMEIDA GARRETT
1799 - 1854

Iniciador do Romantismo, refundador do teatro português, criador do lirismo moderno, criador da prosa moderna, jornalista, político, legislador, Garrett é um exemplo de aliança inseparável entre o homem político e o escritor, o cidadão e o poeta. Nasceu no Porto, no seio de uma família burguesa, que se refugiou na Ilha Terceira, a fim de escapar à segunda invasão francesa. Nos Açores, recebeu uma educação clássica e iluminista (Voltaire e Rousseau, que lhe ensinaram o valor da Liberdade), orientada pelo tio, Frei Alexandre da Conceição, Bispo de Angra, ele próprio escritor. Quando foi estudar para Coimbra, envolveu-se com a política e identificou-se com a luta das ideias liberais, que aí se fomentavam. Em 1822, foi nomeado funcionário do Ministério do Reino, casou com Luísa Midosi e fundou o jornal para senhoras, O Toucador.
De 1823 a 1826, continuou a sua actividade jornalística, política e de escritor, mesmo estando exilado.
Em 1836, regressou a Lisboa, separou-se de Luísa Midosi e fundou o jornal O Português Constitucional. Nesse mesmo ano, foi incumbido pelo governo da organização do Teatro Nacional.
É por esta altura que inicia um romance com Adelaide Deville, que morrerá em 1841, deixando-lhe uma filha (episódio que o inspirará em Frei Luís de Sousa).
Como romancista, Garrett é considerado o criador da prosa moderna em Portugal.
Na poesia, foi dos primeiros a libertar-se dos cânones clássicos e a introduzir em Portugal a nova estética romântica.


Curiosidades

Almeida Garrett era vaidoso no vestir, procurava dissimular os defeitos físicos, e raras vezes dizia ao certo a sua idade. Costumava gabar-se da sua capacidade de trabalho. Dizia ter escrito o Frei Luís de Sousa em treze dias, o que fez Ramalho Ortigão dizer ironicamente que Garrett em algumas horas da noite
escrevia a sua obra e gastava uma manhã inteira a barbear-se e a perfumar-se.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Gil Vicente

Quem foi afinal Gil Vicente?

        Não se sabe ao certo muito acerca de Gil Vicente. A maior parte das informações que temos acerca do escritor foram decifradas a partir das obras que escreveu.
       A data de nascimento de Vicente continua a ser uma incógnita, sendo atribuídos os anos que vão desde 1460 a 1470, sendo 1465 o mais aceite. Da mesma forma, também não se sabe ao certo onde terá nascido, sendo atribuídas várias regiões de Portugal para o seu nascimento.
        Gil Vicente casou-se com Branca Bezerra, de quem teve 2 filhos, e mais tarde quando esta faleceu voltou a casar-se com Melícia Rodrigues, tendo tido no total 5 filhos.
         O seu primeiro trabalho foi uma peça em castelhano chamada "Monólogo do Vaqueiro", que foi representada nos aposentos da rainha D. Maria. O sucesso das suas obras foi tão grande que os reis para os quais Gil Vicente desenvolvia as suas peças convidaram-no a tornar-se responsável pela organização dos eventos palacianos.
         Pensa-se que morreu em 1536,em lugar desconhecido,porque é a partir desta data que se deixa de encontrar qualquer referência ao seu nome nos documentos da época, além de ter deixado de escrever a partir de então.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Poesia de António Nobre

Quando Chegar a Hora

Quando eu, feliz! morrer, oiça, Sr. Abbade,
Oiça isto que lhe peço:
Mande-me abrir, alli, uma cova á vontade,
Olhe: eu mesmo lh'a meço...

O coveiro é podão, fal-as sempre tão baixas...
O cão pode lá ir:
Diga ao moço, que tem a pratica das sachas,
Que m'a venha elle abrir.

E o sineiro que, em vez de dobrar a finados,
Que toque a Alléluia!
Não me diga orações, que eu não tenho peccados:
A minha alma é dia!

Será meu confessor o vento, e a luz do raio
A minha Extrema-Uncção!
E as carvalhas (chorae o poeta, encommendae-o!)
De padres farão.

Mas as aguias, um dia, em bando como astros,
Virão devagarinho,
E hão-de exhumar-me o corpo e leval-o-ão de rastros,
Em tiras, para o ninho!

E ha-de ser um deboche, um pagode, o demonio,
N'aquelle dia, ai!
Aguias! sugae o sangue a vosso filho Antonio,
Sugae! sugae! sugae!

Raro têm de comer. A pobreza consome
As aguias, coitadinhas!
Ao menos, n'esse dia, eu matarei a fome
A essas desgraçadinhas...

De que serve, Sr. Abbade! o nosso pacto:
Não me lembrei, não vi
Que tinha feito com as aguias um contrato,
No dia em que nasci.

António Nobre, in «Só»

Acerca de mim

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