terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Desde sempre que as «cantigas de amigo» e a poesia fazem parte da
tradição portuguesa.
Aqui deixamos alguns poemas para que deles possamos tirar alguma inspiração e, quiçá, remeterem-nos para a partilha de sentimentos...
Olhos Negros
Por teus olhos negros, negros,
Trago eu negro o coração,
De tanto pedir-lhe amores...
E eles a dizer que não.
Trago eu negro o coração,
De tanto pedir-lhe amores...
E eles a dizer que não.
E mais não quero outros olhos,
Negros, negros como são;
Que os azuis dão muita esp'rança
Mas fiar-me eu neles, não.
Negros, negros como são;
Que os azuis dão muita esp'rança
Mas fiar-me eu neles, não.
Só negros, negros os quero;
Que, em lhes chegando a paixão,
Se um dia disserem sim...
Nunca mais dizem que não.
Almeida
Garrett
AMAR
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Florbela Espanca
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- Somos um grupo de Docentes do Agrupamento de Escolas de Pedras Salgadas, apostados em fazer descobrir os autores que escrevem e escreveram para que possamos viajar, descobrir, amar, e o que mais possas imaginar! Tudo condensado num punhado de páginas brancas semeadas de letras.
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1 comentários:
Neste período do ano, em que se aproxima o dia de S. Valentim, considerado o dia do Amor, não podíamos esquecer o nosso grande escritor, Almeida Garrett, introdutor do ROMANTISMO em Portugal!
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